quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Vírus Ebola

Desde que foi descoberto em 1976, o vírus Ebola tem produzido surtos em países africanos. Provavelmente a transmissão iniciou-se pelo contato dos humanos com os morcegos e outros mamíferos na África e seu nome vem de um rio chamado Ebola que passa na região onde tem-se os primeiros relatos de pacientes infectados. O último surto aconteceu há quatro décadas e matou mais de 1000 pessoas e o que tem assustado o continente africano é uma epidemia que se iniciou atualmente no Guiné. A OMS decretou estado de emergência internacional. Mas como o vírus é transmitido? E por que ele é tão perigoso?

O vírus é transmitido pelo contato da pessoa infectada através de fluidos corporais como sangue, suor ou secreções, sendo importante destacar que não é pelo ar, alimentos ou água. Ao penetrar no corpo, as células de defesa o levam aos gânglios e para o fígado, baço e glândulas adrenais. Essa invasão ao fígado provoca distúrbios na coagulação sanguínea, além de inflamação, o que leva o sangue a maior fluidez, fazendo com que haja extravazamento de líquido para fora dos vasos, ou seja, há hemorragia. O quadro hemorrágico é tão intenso que o paciente apresenta vômitos e diarreia com sangue, o que leva a um estado de choque e morte. Os sintomas são: dor de cabeça, febre, dores nos membros, músculos e articulações, vômitos, falta de apetite, diarreia e sintomas hemorrágicos. Atualmente não há tratamento para a infecção, apenas para os sintomas. O que se pode fazer é hidratação intensa do paciente.

Há pouco tempo, no início da epidemia, a OMS não se preocupava com uma disseminação mundial da doença. No entanto, é válido destacar que no dia 12 de agosto de 2014, o missionário espanhol Miguel Pajares faleceu pelo vírus Ebola. Ele trabalhava em um hospital, onde contraiu a doença que já matou mais de 1000 africanos. Antes de morrer, Miguel foi tratado com o medicamento ZMapp, que foi autorizado recentemente para testar nos pacientes infectados.

Os países mais atingidos pela epidemia são Guiné, Serra Leoa e Libéria, sendo que já há relatos de infecção na Nigéria, um dos maiores países africanos. Os vôos a partir desses quatro países foram proibidos numa tentativa de evitar a propagação do vírus. Para pessoas que planejam viagens à regiões onde há epidemia, aconselha-se não fazê-las para evitar o contato com o vírus e a possível infecção.
Fonte: globo.com

O medicamento em questão para o tratamento da doença é o ZMapp, desenvolvido pela Mapp Biopharmaceutical Inc., e ainda está em fase de teste em humanos, sendo que sua efetividade e segurança ainda não foram totalmente testados. O produto é a combinação de três anticorpos monoclonais que se ligam à proteína do vírus.

A ANVISA declarou que segue todas as diretrizes da OMS e do Ministério da saúde para o controle de doenças, não sendo recomendadas medidas de controle extraordinárias relacionadas à viajantes que venham ou se dirijam às áreas infectadas. Apenas aeroportos e fronteiras estão em estado de alerta. Declarou, ainda, que o atual estado é de monitoramento e que a possibilidade de haver casos importados é baixa.

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