Desde
que foi descoberto em 1976, o vírus Ebola tem produzido surtos em países
africanos. Provavelmente a transmissão iniciou-se pelo contato dos humanos com
os morcegos e outros mamíferos na África e seu nome vem de um rio chamado Ebola
que passa na região onde tem-se os primeiros relatos de pacientes infectados. O
último surto aconteceu há quatro décadas e matou mais de 1000 pessoas e o que
tem assustado o continente africano é uma epidemia que se iniciou atualmente no
Guiné. A OMS decretou estado de emergência internacional. Mas como o vírus é
transmitido? E por que ele é tão perigoso?
O vírus é transmitido
pelo contato da pessoa infectada através de fluidos corporais como sangue, suor
ou secreções, sendo importante destacar que não é pelo ar, alimentos ou água.
Ao penetrar no corpo, as células de defesa o levam aos gânglios e para o
fígado, baço e glândulas adrenais. Essa invasão ao fígado provoca distúrbios na
coagulação sanguínea, além de inflamação, o que leva o sangue a maior fluidez,
fazendo com que haja extravazamento de líquido para fora dos vasos, ou seja, há
hemorragia. O quadro hemorrágico é tão intenso que o paciente apresenta vômitos
e diarreia com sangue, o que leva a um estado de choque e morte. Os sintomas são:
dor de cabeça, febre, dores nos membros, músculos e articulações, vômitos,
falta de apetite, diarreia e sintomas hemorrágicos. Atualmente não há
tratamento para a infecção, apenas para os sintomas. O que se pode fazer é
hidratação intensa do paciente.
Há
pouco tempo, no início da epidemia, a OMS não se preocupava com uma
disseminação mundial da doença. No entanto, é válido destacar que no dia 12 de
agosto de 2014, o missionário espanhol Miguel Pajares faleceu pelo vírus Ebola.
Ele trabalhava em um hospital, onde contraiu a doença que já matou mais de 1000
africanos. Antes de morrer, Miguel foi tratado com o medicamento ZMapp, que foi
autorizado recentemente para testar nos pacientes infectados.
Os países mais
atingidos pela epidemia são Guiné, Serra Leoa e Libéria, sendo que já há
relatos de infecção na Nigéria, um dos maiores países africanos. Os vôos a
partir desses quatro países foram proibidos numa tentativa de evitar a
propagação do vírus. Para pessoas que planejam viagens à regiões onde há
epidemia, aconselha-se não fazê-las para evitar o contato com o vírus e a
possível infecção.
Fonte: globo.com |
O medicamento em
questão para o tratamento da doença é o ZMapp, desenvolvido pela Mapp
Biopharmaceutical Inc., e ainda está em fase de teste em humanos, sendo que sua
efetividade e segurança ainda não foram totalmente testados. O produto é a
combinação de três anticorpos monoclonais que se ligam à proteína do vírus.
A ANVISA declarou que
segue todas as diretrizes da OMS e do Ministério da saúde para o controle de
doenças, não sendo recomendadas medidas de controle extraordinárias
relacionadas à viajantes que venham ou se dirijam às áreas infectadas. Apenas
aeroportos e fronteiras estão em estado de alerta. Declarou, ainda, que o atual
estado é de monitoramento e que a possibilidade de haver casos importados é
baixa.
Para mais informações,
acesse:
www.globo.com
http://www.bbc.co.uk/portuguese