segunda-feira, 28 de abril de 2014

ALERGIA MEDICAMENTOSA: Quando os medicamentos fazem mal

A exposição ao pólen, mofos e bolores, poeira, nozes e frutos do mar estão entre as principais causas de reações alérgicas. O que muita gente não sabe é que elas podem ocorrer após a utilização de medicamentos. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), cerca de 12% da população sofre de alergia a algum tipo de medicamento, sendo os analgésicos e os anti-inflamatórios responsáveis por 40% dos casos. Estima-se que as Reações do Tipo Alérgica (RTA) a medicamentos respondam por cerca de 3 a 6% de todas as admissões hospitalares e que ocorrem em um total de 10 a 15% dos pacientes já hospitalizados.

Adaptado de: http://svaleria68.blogspot.com.br/2011/04/sistema-imunologico_24.html

O aumento exponencial e o consumo compulsivo de medicamentos são apontados como fatores determinantes no aumento da incidência desse tipo de alergia. As reações são bastante variáveis, incluindo desde eritema (vermelhidão) na pele até o chamado choque anafilático (diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e distúrbios da circulação). Classicamente existem quatro diferentes tipos de reações de hipersensibilidade aos medicamentos, e um mesmo medicamento pode causar reações por vários destes mecanismos. Às vezes estes estão interligados, demonstrando a complexidade da alergia medicamentosa. Nem sempre se conhece como um medicamento causa essas reações adversas e, então, se usa o termo idiossincrasia.

Adaptado de: http://www.blogys.net/UserFiles/image/salud/2009/medicamentos/09/medicamentos.jpg

As quatro categorias de reações alérgicas são: reações mediadas por anticorpos alérgicos (IgE), reações por anticorpos anticelulares (IgG), reações por imunocomplexos (antígeno-anticorpos) e, finalmente as reações imunológicas tardias mediadas por células. Entre os medicamentos que lideram a lista de reclamações nos consultórios médicos estão os analgésicos e anti-inflamatórios (ácido acetilsalicílico, dipirona e diclofenaco), barbitúricos (medicamentos utilizados para ansiedade e epilepsia), alguns anestésicos e produtos para uso tópico na pele e olhos. Os antibióticos pertencentes a classe das penicilinas (amoxicilina, ampicilina, oxacilina e outros) apresentam também uma alta incidência de alergias no seu uso e deve-se estar atento, pois quando um paciente descobre ser alérgico a uma penicilina, este deve ser encarado como alérgico a todas as outras também.

Adaptado de: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvyEckQvRgkuTAKe9uY8HGJwExEN36bR0k9rCQnu1fbPZHsMJ3bEJfE87sQQPCYIEABctbT79gv0hZcFT5cCPt8rThEKBRJlFlfy6D6r5Uh6kCVyEAowWprL8f9R-pyqK8MK9vjGZBrJ5H/s1600/alergia+a+medicamentos.jpg

O tratamento da alergia medicamentosa inicia-se primeiramente com a suspensão do medicamento suspeito de provocar a reação e deve-se procurar o mais rápido possível orientação médica, afim de evitar complicações maiores e iniciar a terapia medicamentosa mais adequada. O paciente ou a sua família devem estar atentos e informar às escolas e locais de trabalho sobre o risco de alergia com o uso de determinado medicamento. O uso de alertas em pulseiras ou braceletes e também nas carteiras de identidade, podem ser úteis para auxiliar no tratamento dessas alergias.
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Por: Alysson Kenned.