ALERGIA MEDICAMENTOSA: Quando os medicamentos fazem
mal
A
exposição ao pólen, mofos e bolores, poeira, nozes e frutos do mar estão entre
as principais causas de reações alérgicas. O que muita gente não sabe é que elas
podem ocorrer após a utilização de medicamentos. De acordo com a Associação
Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), cerca de 12% da população sofre
de alergia a algum tipo de medicamento, sendo os analgésicos e os
anti-inflamatórios responsáveis por 40% dos casos. Estima-se que as Reações do
Tipo Alérgica (RTA) a medicamentos respondam por cerca de 3 a 6% de todas as
admissões hospitalares e que ocorrem em um total de 10 a 15% dos pacientes já
hospitalizados.
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Adaptado de: http://svaleria68.blogspot.com.br/2011/04/sistema-imunologico_24.html |
O
aumento exponencial e o consumo compulsivo de medicamentos são apontados como
fatores determinantes no aumento da incidência desse tipo de alergia. As reações
são bastante variáveis, incluindo desde eritema (vermelhidão) na pele até o
chamado choque anafilático (diminuição da pressão arterial, aumento da frequência
cardíaca e distúrbios da circulação). Classicamente existem quatro diferentes
tipos de reações de hipersensibilidade aos medicamentos, e um mesmo medicamento
pode causar reações por vários destes mecanismos. Às vezes estes estão
interligados, demonstrando a complexidade da alergia medicamentosa. Nem sempre
se conhece como um medicamento causa essas reações adversas e, então, se usa o
termo idiossincrasia.
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Adaptado de: http://www.blogys.net/UserFiles/image/salud/2009/medicamentos/09/medicamentos.jpg |
As
quatro categorias de reações alérgicas são: reações mediadas por anticorpos
alérgicos (IgE), reações por anticorpos anticelulares (IgG), reações por
imunocomplexos (antígeno-anticorpos) e, finalmente as reações imunológicas
tardias mediadas por células. Entre os medicamentos que lideram a lista de
reclamações nos consultórios médicos estão os analgésicos e anti-inflamatórios
(ácido acetilsalicílico, dipirona e diclofenaco), barbitúricos (medicamentos
utilizados para ansiedade e epilepsia), alguns anestésicos e produtos para uso
tópico na pele e olhos. Os antibióticos pertencentes a classe das penicilinas
(amoxicilina, ampicilina, oxacilina e outros) apresentam também uma alta
incidência de alergias no seu uso e deve-se estar atento,
pois quando um paciente descobre ser alérgico a uma penicilina, este deve ser
encarado como alérgico a todas as outras também.
O
tratamento da alergia medicamentosa inicia-se primeiramente com a suspensão do
medicamento suspeito de provocar a reação e deve-se procurar o mais rápido
possível orientação médica, afim de evitar complicações maiores e iniciar a
terapia medicamentosa mais adequada. O paciente ou a sua família devem estar
atentos e informar às escolas e locais de trabalho sobre o risco de alergia com
o uso de determinado medicamento. O uso de alertas em pulseiras ou braceletes e
também nas carteiras de identidade, podem ser úteis para auxiliar no tratamento
dessas alergias.
Quer saber mais sobre alergias a
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Por: Alysson
Kenned.