Por Adnny Fernanda Lima Campos
A manutenção
de um estilo de vida saudável exige que a pessoa adote, dentre várias atitudes,
o hábito de se alimentar de maneira controlada e balanceada. Os alimentos são
fontes ricas capazes de disponibilizar ao organismo a energia necessária para o
seu sustento. Não é a toa que a falta ou o excesso de nutrientes provindos da
dieta alimentar podem levar ao surgimento de várias enfermidades.
A importância
da interação fármaco- nutriente já é conhecida no âmbito da farmacologia, mas
muitas vezes na prática clínica e terapêutica, ainda é deixada de lado e não é
levada em conta para que o tratamento medicamentoso seja pleno e eficiente. Ignorar
tais interações pode desencadear falha na terapêutica e efeitos adversos
severos.
Pelo fato de
os alimentos serem ingeridos por via oral e muitos dos medicamentos também
serem, a possibilidade de ocorrer interação é bastante considerável. Tais
interações podem alterar de maneira significativa a disponibilidade, a ação e a
toxicidade tanto dos nutrientes quanto dos próprios medicamentos. Destacam-se:
a formação de complexos alimentos-fármacos que dificultam a absorção de ambos; modificações
fisiológicas (mudança de pH estomacal, retardo do esvaziamento gástrico, aumento
da atividade peristáltica do intestino) provocadas pela alimentação capazes de alterar
o processo de absorção medicamentosa e ainda a perda de nutrientes provocada pelo
tratamento prolongado com medicamentos.
Vale
ressaltar que essas interações nem sempre são prejudiciais, e muitas vezes são
artifícios importantes para que a terapia com medicamentos se estabeleça de maneira
correta. Uma equipe multiprofissional voltada para adquirir conhecimentos prévios
das características do paciente (idade, funções fisiológicas, hábitos
alimentares), da doença e do medicamento é capaz de sanar os principais
problemas oriundos da interação medicamentos-nutrientes e possibilitar que o
tratamento se estabeleça de maneira altamente satisfatória.