Por Thaisa
Cardoso
Os medicamentos ocupam um lugar dominante no
sistema de saúde e no tratamento de doenças. A alternativa para a busca da cura
é, para muitos, a utilização de fármacos. Aproximadamente 88% dos pacientes que
procuram o serviço profissional do médico recebem hoje prescrições de medicamentos.
Pacientes hospitalizados, por exemplo, recebem um
grande número de medicamentos, segundo estudos, há pacientes que recebem até 17
medicamentos por dia durante a internação hospitalar.
Administrar medicamentos aos pacientes nas
instituições de saúde é um processo complexo, com várias etapas, contemplando
uma série de decisões e ações inter-relacionadas que envolvem profissionais de
várias áreas bem como o próprio paciente.
Com isso, erros de medicação podem ocorrer, não
somente durante a administração do medicamento propriamente dita, mas em todas
as etapas do Sistema de Medicação.
Esses erros podem ser classificados conforme
apresentado no quadro abaixo:
TIPO DE ERRO
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MOTIVO
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Erros de prescrição
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Seleção
incorreta do medicamento, da dose, da via de administração, da concentração
e/ou da velocidade de infusão; instruções de uso inadequadas feitas por
médico; prescrição ilegível ou ordens que possam induzir a erro.
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Erros de omissão
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Não
administração de uma dose ou medicamento ao paciente.
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Erros devido ao horário
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Administração
do medicamento fora do intervalo de tempo pré-definido.
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Erros de dose
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Administração
de dose maior ou menor que a prescrita.
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Erros de administração
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Administração em outras formas que não a prescrita (erros devido ao
procedimento ou técnica inapropriados na administração do medicamento).
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Erros de adesão
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Paciente
que se recusa a seguir o regime terapêutico ou não aceita a administração de
uma dose.
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Portanto, deve-se tomar muito cuidado ao fazer uso
dos medicamentos a fim de evitar possíveis erros, principalmente quando se
trata de pessoas idosas ou crianças.
Referências:
- CASSIANI, Sílvia Helena De
Bortoli. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Rev.
bras. enferm., Brasília, v. 58, n. 1, Feb.
2005.